domingo, 2 de outubro de 2011
copiei do site: scriptusest. com.br e como o assunto é tão igual ao que está ocorrendo na saúde e na educação em tramandaí/rs, que pedi licença para copiar e postar no meu blog.
Estou repensando a ideia de fincar raízes em Tramandaí porque o hospital que temos, agora virou um postão e a pessoa só é atendida com a carteira do SUS; não concordo com isso pois meu marido sempre pagou convênios e não posso ser atendida.
As promessas do Governador Tarso foram várias e ele foi eleito porque dizia que ele e a Presidente Dilma estariam afinados por serem do mesmo partido. agora o nosso estado está se afundando em falsas promessas, protestos, greves e outras manifestações. Antes dele fazer as promessas de campanha ele DEVERIA ter estudado se tería verbas para cumpri-lás. A população que confiou o voto a ele estava convicta que iria receber os aumentos e melhorias.
Até agora o governador só inchou o estado com ccs e anda correndo feito barata tonta. assumiu sem ter um plano de governo viável e o povo está esperando, sem -paciência ,que o "salvador da pátria" solucione os problemas com algum milagre.

Voltei a trabalhar com radiologia nesta semana, após 3 anos sem colocar o pé em um hospital. Nessa afirmação existem nuances que somente quem me conhece entenderá, mas a partir dela, algumas observações podem ser feitas. Repito, essas observações foram coletadas durante somente e tão somente, uma mísera semana.

1) SUS:

Me desculpem aqueles que acreditam que o Sistema Único de Saúde funciona e/ou chegue realmente a existir. Aqui em Vera Cruz o hospital é conveniado ao SUS, embora pertença a uma fundação. A coisa funciona mais ou menos assim: o que é da parte de internação, ambulatório, etc, são às expensas do SUS. O que é referente ao Pronto Socorro, fica ao cargo da Prefeitura (sim, em toda cidade a Prefeitura é obrigada a arcar com custos de urgência. Isso é regra). Essa fundação mantenedora (Fundação de Saúde Dr. Jacob Blesz) trabalha com dinheiro de doações, para que possa realizar os atendimentos, porque se formos nos basear na minha área, a radiologia, o que a tabela do SUS preconiza como valor justo e certo não cobre o gasto real direto, aí inclusos: metro quadrado de filme radiológico, mililitros de químicos utilizados na revelação (revelador, fixador), água, energia elétrica, funcionários, radiologistas ou até o copo de água que o paciente utiliza. Agora, os gastos indiretos, como envelopes, manutenção de equipamentos e mais uma quantidade irreal de etcéteras, nunca foram levados em consideração. Notem que escrevo sobre um hospital de uma cidade com 25 mil votantes, se tanto.

Essa situação é remediada com empenho desde a administração até o mais humilde dos funcionários. Aqui, em cidades interioranas do Rio Grande do Sul, a palavra “comunitário” realmente possue o extenso sentido de envolvimento, zêlo e prazer em participar, onde os cidadãos conhecem as dificuldades e tentam fazer sua parte, mesmo que isso acabe por embotar um tanto o sentimento crítico que deveria se ter com aqueles que colocam no poder e que promotem tanto e nada (ou quase nada) fazem. Mas a mim, paulista, é emocionante poder participar de algo em que todos lutem por uma melhoria geral, e não tão somente pessoal, como estou tão acostumado a ver.

SUS, a saúde universalizada de nosso país, tem critérios de Uganda. A presidenta Dilma — que, diga-se de passagem, tem aprovação de 71% do eleitorado — deveria, em vez de querer criar mais impostos que historicamente sabemos que jamais chegará aos braços da Saúde Pública, cobrar de seu Ministro que o dinheiro aplicado seja utilizado de forma correta por aqueles que necessitam. Como no caso do cigarro, que mata menos que bebidas alcoólicas, que acidentes de trânsito, que assassinatos (não esqueçam: Vera Cruz está no centro de uma das maiores áreas de plantio de fumo do Brasil) e aumentando impostos usando o cigarro como bode expiatório ou é má-fé ou desconhecimento da realidade social aqui vivida. Os agricultores aqui instalados e que do tabaco tiram seu sustento serão duplamente punidos: o dinheiro para a Saúde de que tanto necessitam (não pelos males do fumo e sim por acidentes ocorridos na lavoura, principalmente) e as fumageiras obrigatoriamente acabarão por pagar menos por seu produto, para equilibrar gastos. Roda viva, morena, de antes e agora…

2) Esta cidade que optamos, Letícia e eu, por morar, me surpreende. Nunca tive que fazer tanto esforço para atender a um paciente, tendo que em muitos casos que chamar um tradutor para a sala. Alemão arcaico é a língua oficial da cidade.

3) Educação, um dos tripes de uma sociedade que se diga evoluída (ok desinformado, as outras são saúde e segurança), está me deixando apavorado. Primeiro, porque seguindo jovenzinhos pelas redes sociais (algo útil às oficinas de escrita criativa que desenvolvemos — Letícia na parte de sua profissão, pedagogia e eu como escritor palpiteiro e editor — e que serão ministradas em escolas a partir deste mês de outubro) é surpreendente que ” os peixe” é o menor dos erros, que incluem neologismos absurdos, incorreções ortográficas e gramaticais de dar medo em linguista, a matemática MÓRREU! Explico:

Em frente ao hospital aqui de Vera Cruz há uma padaria. Dia desses, eu com fome em plena 10 da manhã, vou lá comer um pastel (ótimo!) e tomar um café. Isso dá R$3,00. “Mais um maço de Hilton curto, purfavô”. “Dá R$6,40, senhor.”. Precavido com minhas moedas, entreguei à mocinha-que-atende-no-balcão uma nota de R$10,00 e mais moedas no valor de R$1,40. A mocinha-que-atende-no-balcão fez a conta do troco NA PORRA DA CALCULADORA!!!!!! Outra? Hoje à tarde, paramos numa loja de conveniência e comprei dois maços de nosso cigarro. Ofereci R$10,00 mais uma nota de R$2,00.”Mas tu não me pediu 2 maços?”, “Sim senhorita, é para facilitar o troco…”, A PORRA DA CALCULADORA!!!!, “Moça, me dá R$5,20 de troco que te garanto que dá certo…”.

Estamos para ser governados por analfabetos em todos os níveis, seja matemática ou escrevenhaticamente falando, como diria Odorico. Vão criar um imposto extra para a educação também? Temos que acabar com as escolas de lata, governador Tarso Genro, que prometeu piso de R$3.000,00 aos Brigadianos (os PM´s daqui) e hoje os chama de “baderneiros”. Precisamos acabar com a corrupção, presidenta Dilma, que sei, honestamente, que a senhora tem tentado, embora a oligarquia congressitas consiga ser mais insidiosa que a nojenta barata doméstica. Culpa minha, que votei em quem votei. Culpa tua, amado hipotético leitor, que votou em quem votou.

Honestamente, eu estou transformando cada vez mais minhas opiniões, de realistas para extremamente pessimistas. Como já disse antes, esta nossa democracia pode até ser jovem, mas é completamente idiota. Mil vezes o déspota esclarecido, que tenha poderes para mudar, que “representantes” de coração puro e bolsos cada vez mais fundos.

“Liberdade, ainda que tardia”, se diz em Minas. Se fosse aqui no Rio Grande, seria algo como “Peleia, vivente!”. Isso dito batendo as esporas e limpando a faca nas banha daquele ternero novo que resolveu rodea a cerca…."

Fiquem com Deus e um bom domingo.

Beijos.

1 comentários:

Adao Braga disse...

Angela, o que posso dizer sobre isto? Assim no sul como no nordeste.

Os culpados são: FHC e o PSDB que não fizeram as reformas quando governaram o Brasil.

E pelo visto, vamos continuar até 2018!

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